segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Insônia n. 2

Gosto de me comunicar com respeito e clareza.
Tudo bem saber que a perda é menos de tempo do que de aprendizado.
Estou sempre aprendendo? Não.
Me embriagava por mim, não por lunáticos.
"Puta só, ladrão só", diria o meu tio, debochando. Cada um por si.
É intríseco a se contentar.
Mas eu preciso fazer, mesmo, de tudo para não perder os dentes.
Pois serão  necessários quando pintar uma grana e eu puder levar a minha gata pra rangar bem suculento.
Tenho lido sobre violência, injustiça, covardia...
Musica, livros, fotografias...
Companhia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Regabofe

Paradigmas...
Espero que uma das opções seja uma festa.
Ódio, revolta...
Protesto, sem manifestações.
Só há Beleza.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Insônia n. 1

Algumas coisas são o qie dizem que elas são. 
Não prefiro Drummond, por exemplo.
Mas é claro que se eu disser isso para a Posteridade, posso acabar muito mal.
Mas o José Régio e o Vinicius são sensacionais.
Drummond, não.
Penso assim.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Tira gordura do fígado

Como a pele dos dedos murchando, depois de muito tempo na água.
No fundo, eu entendo essa eterna Noite das Garrafadas.
Como Amor, Felicidade... Lá, no raio contrastante que os parta.
Modorra à base de auto engano, eu penso.
Meu Deus, só que eu não consigo.
Crendice pecuniária, superstição virtual, farsa...
Também empurro, calado, essa carroça.
Mas, ficar esperto sempre é bom.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Verve

Charles-François Daubigny

Suspeito ou desconfio de que é bem melhor amar (ou odiar) ás cegas.
Gosto assim.

terça-feira, 23 de junho de 2020

"Quer chip, Meu Amor?"


- Quero apenas que repita isso.
- Repetir o quê?
Foi quando percebi que, o que quer que tenha sido dito, havia passado por mim, não por ela.
Ela ainda me olha, uma vez mais, antes de perguntar: - "Chip?" -, e, por fim, sou arrastado por ela para fora da estrada imaginária, como um gato atropelado, com as tripas-coração à mostra, atrapalhando o caminho.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Debalde

Vou tentar despejar os resíduos da produção pós pandemia devagar, muito lentamente.
Não estou certo de que estas ideias se tornem contos ou poemas, aliás, minha poesia, deixo claro, não deve ser levada a sério; é uma coleção de boas palavras para se falar ou cantar em gravidade - poesia deve ser como aquele último cigarro encontrado no bolso, a ser partilhado pelo prazer de soprar.
Acho frescura demais querer chorar com poesia.
Conto é boa história. Você se lembra e passa adiante.
Gosto assim.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Boudoir

Entre uma sala vazia, um corredor assombrado e o quarto, há o vampirismo cotidiano e voluntário.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

PARESQUE, Ó MODO!

Millôr Fernandes

Vai ser o título de uma série de história de terror, suspense e mistério, que pretendo escrever ao longo de 2020.
Um período de pesquisa, investigação e adequação, será necessário, pois pretendo aplicar todos os arquétipos que regem a vida em contos ambientados na cidade de Belém, baseados em históricas verídicas de crimes reportados em diversos jornais paraenses, ao longo do Século XX.
Numa cidade suja, fedorenta, corrupta, e pretensiosa, como Belém, grandes personagens não devem faltar, já que essa pocilga tem o povo mais escroto e o mais maravilhoso concomitantemente.
Vou  começar pela história do Crime da Casa Navio, que me foi contada por alguém que morava na mesma rua, na época, e testemunhou todos os dramáticos acontecimentos.
Pretendo utilizar como trilha sonora, músicas que tocavam no rádio e as vinhetas comerciais da época.
Exemplo: "Use Sabão Regência no tanque e na cozinha", horóscopo, carnaval...
Uns dois contos por mês. 
Vamos ver.
Paresque, ó modo!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...