Carnaval eu apronto,
Eu quero, eu danço.
É quando me sinto pronto
Pra chorar de tanto rir.
Com a morte do canalha,
O Tristonho, enfim
Tudo ficou mais triste, mais claro.
De repente,
Mais noturno de um soturno raro...
E também as paisagens,
E as esquinas de botecos fétidos,
E as cachorras das lixeiras,
E o meu vale-transporte.
Caminho pisando em insetos,
Preservativos usados,
Latinhas de samba
da Sessão de Gala.
Tudo letra de canção.
Entro e vejo o seu caixão:
- Puta-que-pariu!
Começo a rir;
Quase me mijei de tanto achar nada engraçado...
Foi o Porra quem pediu antes de bater as botas:
- Se eu for dessa, cê já sabe:
Depois da esmola e da ressaca
Enche a cara e aparece lá no meu velório,
Veste uma bermuda,
Puxa a minha mãe pra dançar um tango; o diabo.
Pinta o caneco Xará.
De repente,
E, de preto, firme como uma rocha: a irmã?!
Que peitinhos!
Pequenos! Macios!
Unidos como dois irmãos,
Dois amigos.
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