- num sô doida você não tem noção de como estou me sentindo de como ando toda assim de mão beijada bêbada vendo o corpo para me consumir vou tentar me perguntar um porquê que não adivinho de transar com quem quiser me amar ou pagar uma taça de vinho mas vou dar a volta por cima eu vou me cuidar me levar para outro lugar isso é o suficiente pra mim? talvez não, quem sabe? eu sou controversa, eu grito, só sei assim pavio curto, eu sou péssima busco prazer em bocas e tatos de arte e cultura – eu admito. depois me enturmo com os ratos teoria pura, fardo leve de mesura gasta, obscura de preencher qualquer espaço essa batalha é só minha - por que tem sempre tanto a dizer? sou uma recriminação passageira papel higiênico usado para escrever conjecturas indefesas tenho desenhado você em letras carmim, nas paredes dos bares da vida poesias te chamando de querido ou querida, com palavrões de transa franca - doida é o teu xiri! venho esperando por caronas de lugares vagos, amantes ou amigos que sempre me ofereçam um trago você me ligando, implorando sem dor, nem dívidas, apenas pensamentos claros só que eu cobro mais caro você não - a dúvida morava somente em seu perdão e o meu te guardava sempre uma nova canção maliciosa, perene, inútil, destra suja; eu me lembro, eu voltei, eu voltei, eu voltei... eu falo mesmo, mas exijo quer mesmo saber? se não quer e não sabe, eu não digo, ou melhor vai te foder, vai mesmo por esta, eu insisto e não calo há essa hora atrás dessa porta - "num sô doida" só não quero lembrar que você foi embora