Tarde à beça. E aquele comercial
do professor bicho-grilo, sandália e bolsinha de couro, estereótipo típico da
personagem “mundo melhor/tadinho de mim”, sendo aplaudido por açougueiro,
padeiro e o escambau, no caminho para o trabalho, é um inigualável LIXO (!).
Até parece que tá tudo em cima com a Educação: infraestrutura, qualidade,
inclusão, merenda escolar, salário dos professores etc, e que o problema dos
professores é o povo. As pessoas não entendem que aquilo é uma CENSURA,
caralho. Aquilo não foi criado para homenagear os docentes, nem semear o amor
aos mestres, longe disso, foi (em) bolado na intenção capciosa de manipular a
opinião pública e dizer que a pátria educadora é uma mãe, que os professores
SÃO valorizados à muque, à tiro de borracha, que o brasileiro é um ser
extraordinário e por fim convencer que aquela TIPO de figura é que é o
confiável. Todos os que não se parecerem com ele devem inspirar desconfiança.
Estaremos feitos. Detalhe: aquilo foi pago com o mesmo dinheiro PÚBLICO (grana
dos nossos impostos) que deveria, este sim, estar pagando direito os
professores. Universidades em greve, Correios em greve, INSS em greve... E o
Governo tirando o seu da reta com mais e mais propaganda do “brasileiro
esperança”. É o poste ditador mijando na cachorra prenha. Se é que vocês me
entendem. Bem pesado e bem medido, não passa de um comercial de sandálias. Já
vejo, por aí, uma rapaziada, podre de antenada, se vestindo igualzinho ao cara.
Peguem suas senhas para as filas de pasta de dente e papel higiênico. Bem
vindos aos anos 70. Lembrando que TODOS os governos fazem isso há muitos anos:
nos tratam como gado e se livram do fragrante com muita autopropaganda. Entre
ladrões não há heróis.
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