- num sô doida
você não tem noção
de como estou me sentindo
de como ando toda assim
de mão beijada
bêbada
vendo o corpo para me consumir
vou tentar me perguntar
um porquê que não adivinho
de transar com quem quiser
me amar ou pagar
uma taça de vinho
mas vou dar a volta por cima
eu vou me cuidar
me levar para outro lugar
isso é o suficiente pra mim?
talvez não, quem sabe?
eu sou controversa, eu grito,
só sei assim
pavio curto, eu sou péssima
busco prazer em bocas e tatos
de arte e cultura – eu admito.
depois me enturmo com os ratos
teoria pura, fardo leve
de mesura gasta, obscura
de preencher qualquer espaço
essa batalha é só minha
- por que tem sempre tanto a dizer?
sou uma recriminação passageira
papel higiênico usado
para escrever conjecturas indefesas
tenho desenhado você
em letras carmim,
nas paredes dos bares da vida
poesias te chamando de querido ou querida,
com palavrões de transa franca
- doida é o teu xiri!
venho esperando por caronas de lugares vagos,
amantes ou amigos que sempre me ofereçam um trago
você me ligando, implorando
sem dor,
nem dívidas,
apenas pensamentos claros
só que eu cobro mais caro
você não
- a dúvida morava somente em seu perdão
e o meu te guardava
sempre uma nova canção
maliciosa,
perene,
inútil,
destra suja;
eu me lembro,
eu voltei,
eu voltei,
eu voltei...
eu falo mesmo,
mas exijo
quer mesmo saber?
se não quer e não sabe,
eu não digo,
ou melhor
vai te foder,
vai mesmo por esta,
eu insisto e não calo
há essa hora
atrás dessa porta
- "num sô doida"
só não quero lembrar
que você foi embora
você não tem noção
de como estou me sentindo
de como ando toda assim
de mão beijada
bêbada
vendo o corpo para me consumir
vou tentar me perguntar
um porquê que não adivinho
de transar com quem quiser
me amar ou pagar
uma taça de vinho
mas vou dar a volta por cima
eu vou me cuidar
me levar para outro lugar
isso é o suficiente pra mim?
talvez não, quem sabe?
eu sou controversa, eu grito,
só sei assim
pavio curto, eu sou péssima
busco prazer em bocas e tatos
de arte e cultura – eu admito.
depois me enturmo com os ratos
teoria pura, fardo leve
de mesura gasta, obscura
de preencher qualquer espaço
essa batalha é só minha
- por que tem sempre tanto a dizer?
sou uma recriminação passageira
papel higiênico usado
para escrever conjecturas indefesas
tenho desenhado você
em letras carmim,
nas paredes dos bares da vida
poesias te chamando de querido ou querida,
com palavrões de transa franca
- doida é o teu xiri!
venho esperando por caronas de lugares vagos,
amantes ou amigos que sempre me ofereçam um trago
você me ligando, implorando
sem dor,
nem dívidas,
apenas pensamentos claros
só que eu cobro mais caro
você não
- a dúvida morava somente em seu perdão
e o meu te guardava
sempre uma nova canção
maliciosa,
perene,
inútil,
destra suja;
eu me lembro,
eu voltei,
eu voltei,
eu voltei...
eu falo mesmo,
mas exijo
quer mesmo saber?
se não quer e não sabe,
eu não digo,
ou melhor
vai te foder,
vai mesmo por esta,
eu insisto e não calo
há essa hora
atrás dessa porta
- "num sô doida"
só não quero lembrar
que você foi embora
Carlos Solaris, da banda Fogo Fagô uma dia me pediu uma letra de blues para ser cantado por uma mulher. Fiz esta para três notas (as únicas que consigo tocar). Mas ele achou longa demais, então fez uma versão bem menor que até hoje o Fogo toca.
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