quinta-feira, 25 de agosto de 2011

RESTOS DO NAUFRÁGIO (de Marcos Salvatore)




Todos os deuses não podem nos salvar
E, assim, caminhamos a esmo
Esbarrando em paredes de vidro ou concreto
Em avançado estado de recomposição

Não dizemos nada
E só.
Basta!
É fato.

Vemos fotos de desastres todos os dias.

Os amantes se suicidam e julgam um mundo
Sem julgar o fato.
Sempre o fato
E eu me pergunto:

Vai despedaçar meu coração, na próxima esquina?

Se deixar eu juro que estarei de bom grado,
Nem tatuarei seu nome no meu braço.

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