se deixar transparecer
o seu drama, sua comédia, corrente de ar
sem licença para amar pobres esperanças
entrando, tentando causar fingimento
pode se contaminar, sem nome, por elas e eles
acordes e humores, cartas sem entretantos selos
odores humanos, terrenos copulares
vozes e rumores, corações partidos
alguém chorando por falta de liga ou de dose
término do jogo de farsas
num empate desigual, passivo agressivo
w.o. de pernas em fleuma, refletidas
pelo espelho de teto de qualquer luar
vacina elementar da massa sociopática,
mixada na histeria de casa
mixada na histeria de casa
serena resposta interior de se vestir
roma de calígula, em dezesseis canais
falas dubladas por um louco num tablado
trapezista vil de contos etéreos
de segundas mãos, de intenções
de amores a mil, efêmeros infernos
vá em frente. pode querer, pode falar.
conte comigo pra te dar memória afetiva
fundo eterno para um poço de desejos
maturidade emocional para as asas
versão cuba livre da idade
militância sagaz, roteirizada por mentes insanas
mendigos e putas politizados nas guias
alcoolizados de cultura vazia, baldia, classe mídia
transmissores do câncer da cidade
de circo, de crenças, de filhos e feras
preces para um éden de frases e idéias
doenças venéreas da guerra
que já começou
Um texto forte,um lamento...quase um pedido de socorro...
ResponderExcluirEsse poema é de uma violência brutal. Covardia e coragem congestionam suas imagens amargamente desbotadas. Não existe espaço para a pobre (des)esperança.
ResponderExcluirBem este poema é realmente etéreo, no sentido da palavra: remete a algo inebriante, sentimentos e sensações que podemos generalizar.... pode ser tb delicado, celeste, elevado...como tb pode cair no desprezo e horror...tristeza, solidão, ângústia. É uma degustação da mente humana
ResponderExcluiresse texto é louco, isso sim!
ResponderExcluiré grotesco
nojento
doce
amargo feio bonito bom mal
Sensacional! Cada vez mais maduro, cada vez melhor!
ResponderExcluirUm novo Salvatore arrisca e acerta em cheio o bago do olho da inteligência cool (ou seria cu?) dessa cidade, cospe no prato em que come, morde a mão que o alimenta. Apenas senti um pouco de excesso de informação, mas está vivo.
ResponderExcluirProf. Edivaldo F. Souza
Uma escelente Páscoa a todos.
Bela poesia. Sempre palavras sinceras que mostram varias faces da vida
ResponderExcluirAi Sal, acho que nem sempre você faz tudo errado, me poupe, queria tanto te zoar, mas o texto é tão sincero que eu preciso dizer que te amo tonto. Qui tristi rsrsrsrsr
ResponderExcluirkisses
Bonito, Impactante e atual, assim como você.(príscila)
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