Sally Mann |
Estamos todos aqui, mantendo a cidade acordada - trabalho que da sede e
vontade de foder com você. Só para rimar.
Noite estranhamente produtiva - pirateada com chiados e chuviscos - um leve movimento involuntário e proustiano - boa noite à beça
Meu coração é um vagabundo de talento ambidestro de medo de bater errado
- aplicadaço em sair fora no melhor -muambeiro de planos infalíveis.
Uma canceriana. Sou flagrado roubando a sua atenção - penso em refrões de Jovem Guarda - canção por canção não me interessa - mas, se quiser, eu falo mais.
Esse sou eu do outro lado da rua - duas horas da manhã - dois caretas
amassados no bolso - duas moedas para a van - como de costume, no osso.
Madrugada a favor das braçadas contra a corrente - miniputa de vertente
em vertente - não fala por mim, mas observa - e, observado vou.
O amor é coisa do futuro - de humano descartável - enlatado vencido que
não toca mais no rádio - é presente sem passado - ventre de um lar.
Às vezes a Vida merece um soco no olho, uns tabefes, pra não sair do meu
riscado.
Todos os programas produzidos aqui têm esse cu de ficar mandando abraço.
- Descola um troco aê, Tio. Num é pra droga, não. Só tô fungando, assim,
por causa de uma sinusite barra.
Paul Newman no corujão. Viva o Paul.
Bazar do rock feito. Não tem mais jeito, não. Bosco Silva lançando o
Perversões.
Ao lado esquerdo da caixa de entrada, sinalizados em verde, os nomes de
amigos(a). Não sei quantas histórias entrelaçadas com todos. Legal.
Resolvi dar um trato nas gavetas. Pego e encontro aquela foto podre de
fuleira que tiraram de mim, lá, no Mangal. Já levou o caldo, Bem.
Marituba é uma cidade macabra. Tem sempre alguém escondido em publico,
pronto pra te perguntar as horas.
Meu coração. Pela manhã. Quer ser um peixe-boi.
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