Chegamos
Não tô aqui pra te entender
Você vai ver
Só vim por sua voz
ao som de um corpo inteiro
Só vim pelo prazer
Você também, que eu sei
Depois o meu
O seu primeiro
Pra te amar ao mesmo tempo
em que aprendo a fazer isso
Depois a gente mente
Sem embrulho, nove horas
Sem desperdício
Finge ciúmes, diferenças
Vai dar fome, você sabe
Antes disso a gente bebe, come, se consome
Pratos, copos e talheres
Sem compromisso de durar pra sempre
Sem essa, sem aquela
Segundas, quartas e sextas
No banho, na cama, na mesa
Não faz assim que eu não consigo respirar
Assim não sobra espaço
onde eu também possa me amar
Tira isso, põe aquilo
Que sobrou a mim pra conjugar
E a tendência é de mudança
A intenção é variar na violação e na dança
Parecido criança como quando era com a gente
E procurava, descobria, escondia, ria
Lugar qualquer pra se esconder, para chorar
Querido amigo,
ResponderExcluirEu realmente gostaria MUITO que este poema constasse também do Bigode. Isto é você se reinventando. Isto é você crescendo. Isto é você indo a outros lugares. Isto é você observador! Tu estás atingindo um grau de refinamento cada vez maior. Grande texto!