Paira acima de tudo:
Feitiço criado, plantado e colhido em sua terra.
Em minha água fervido, filtrado... bebido
Não lembro de como eu era
Ao sentir suas gírias
seus eufemismos baratos
seus eufemismos baratos
Me cobrindo aos seus cabelos modulados
Sem dó, nem piedade
Penso apenas: “eu não era, agora sou”
E te alimentar
Com as dobras de fraseado
Da poesia diagonal
Anti-aérea
Anti-aérea
Que escorre da minha língua “ophidia”
Que se infiltra, reticente
E se dissolve em sua boca
Me cala fundo
Te ouvir me decifrar
Me assimilar
Improvisar do nosso amor
Acorde por acorde
A cada dia, a cada noite
Uma nova melodia
Não transcrita
Imune à arte de dizer adeus
É do caralho
É do caralho
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