Amor, me devolva a carne e a culpa
Leve o desejo irmão da minha amiga, a fuga
Só me deixe a dúvida antiga, a vida... a sua e a minha
Adornando meus cabelos para o Dia do Juízo, para um dia
Relaxado ao braço secular eu não me ouço
Me sabem as poucas moedas do bolso
Insuficientes para os sonhos
Que decoram as paredes do banheiro dos rotos
Reincido no crime de catar pedaços de sorrisos
Me visto com eles, a Coroza e o sambenito
Sodomizado no potro ao som de baixo, guitarra e bateria
Minha efígie queima em praça pública de noite
Reconcilio meus pesares, passo a passo, pouco a pouco
Sorrisos, altares, excomunhão e açoite
Entre as pernas e a tremor de suas coxas
Levo comigo um pouco de céu do seu suco em minha boca
Na missa leiga que é o meu gozo mais profundo
Por roçar meu queixo entre os seus peitos inundos
Por não beijar primeiro antes do primeiro beijo
Num maior beijo do mundo
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