A sua voz fala comigo, me beija na boca
Agrupa meus nervos aos pares,
Me finge que ouve, a louca, a louca
Surrealiza meus desejos num parto de horas
De feto gram-negativo, timbre da aurora
Que luta contra o jato verbal das entranhas comigo
Seiva matinal
Gotas de rima retórica
Que me escorrem da boca
Que me escorrem da boca
Do canto esquerdo do mamilo direito
Até o fungo sonolento do amor que cresce e que arranha
O fundo do peito.
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