terça-feira, 4 de janeiro de 2011

BREVIDADE (de Marcos Salvatore)

by Bernard Plossu

Meu amor,
Vou chegar tarde, mas me espere
Não se importe com as horas, por favor
Fazem parte do tempo e são ingênuas

Prometo tentar não me perder
A tarde choveu e os carros enlouqueceram
As pessoas correndo na pressa
E eu tentando voltar pra você

Tão difícil encontrar os atalhos que sobraram
Tenho a impressão de tê-los fechado para sempre
Mas sobrou um pouco de fôlego pra correr agora
Não se preocupe, eu estou bem

A vontade é o combustível do desejo
Guarde um pouco de sorriso
Desarrume o que está bem arrumado
Depois a gente dá um jeito

O melhor de estar feliz, desastrado
É a esperança de nunca mais ser infeliz
Nunca mais se preocupar com embaraços
Nunca mais esperar, nem demorar




3 comentários:

  1. ...às vezes
    há em nós
    alguma imagem
    da gente lá,
    de que se esteve,
    de que choveu
    e de que foi bom...

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  2. Inspirado no meu amigo Aloísio, um eterno apaixonado.

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  3. Querido amigo,

    muito obrigado... Seu poema é melhor do que eu.

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